quarta-feira, 24 de novembro de 2010

o espetáculo

A Companhia Teatro da Queda apresenta no mês de dezembro Bacad, sua mais nova montagem, inspirada no rico panorama cultural da América Latina e que comemora cinco anos de atividades do grupo. A peça é narrada em blocos, com a dramaturgia fortemente apoiada no trabalho de corpo dos atores, que nos trazem de volta sensações perdidas a respeito de nossa latinidade. A montagem parte da idéia de reconhecimento cultural para buscar nossas raízes históricas e compreender melhor a maneira como nos formamos enquanto povo. Entendimento que permite vivenciar melhor as relações com o mundo para continuar a escrever a História.

O trabalho é baseado em ampla pesquisa de textos do escritor uruguaio Eduardo Galeano (As veias abertas da América Latina). O projeto da encenação prevê ainda um ciclo de leituras em dois dias no Colégio Central, em Salvador, e a realização da oficina “A Poética da Invenção – do processo colaborativo de construção do espetáculo Bacad”, que acontece em dois encontros no mesmo período em que a peça fica em cartaz.



SERVIÇO
Bacad
De 3 a 19 de dezembro/ 2010
Sextas, Sábados e Domingos – 20 horas
Teatro Vila Velha – Sala Principal
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia entrada)



pesquisa



Buscar raízes históricas a fim de compreender melhor a maneira como nos formamos, aprender a nos relacionar com nossos antepassados, com suas crenças, costumes, entender porque hoje agimos de certas maneiras perante dificuldades ou mesmo como comemoramos nossas vitórias, faz parte de um entendimento ampliado do que já se passou, não somente no nosso país, como em todo o território que o circunda. Os povos que residiram nas terras americanas antes de invasões européias, sua sapiência sufocada por uma cultura implantada por meio de imposições, são pontos a ser reconsiderados - e talvez ainda descobertos - e reconhecidos como nossos. A partir do momento que passamos a ter mais acesso ao conhecimento dessa cultura, torna-se possível o sentimento de apropriação, o processo de entendimento de um todo e de cada um de nós, pois, conhecer o entorno, olhando-o profundamente é uma maneira coerente de conhecer a si mesmo.

OFICINA A Poética da Invenção – do processo colaborativo de construção do espetáculo Bacad

Dividida em dois encontros, a oficina A Poética da Invenção é aberta a todos os interessados e se desenvolve através de exercícios corporais e textuais. A proposta é investigar o processo de criação colaborativa, onde se apresentam o ator-criador e o diretor-editor como ferramentas de construção do espetáculo. As técnicas utilizadas são Viewpoints, Teatro Narrativo e abordam o treinamento do ator e o discurso estético do espetáculo.


OFICINA
A Poética da Invenção – do processo colaborativo de construção do espetáculo Bacad
Carga horária: 8h (divididas em dois encontros)
Data: 11 e 18 de Dezembro
Local: Sala João Agusto - Teatro Vila Velha
20 vagas
INSCRIÇÃO GRATUITA (sujeita a análise de currículo) - os interessados deverão enviar currículo para o e-mail: teatrodaqueda@gmail.com




ficha técnica


FICHA TÉCNICA BACAD
Direção e Dramaturgia – Thiago Romero
Diretor Assistente - Gustavo Nery | Figurino – Tina Melo | Instalação Cênica – Deilton José + Thiago Romero | Light Designer – Marcos Fernandes | Preparação Corporal – Fábio Vidal | Preparação Vocal – Marcelo Jardim | Direção de Movimento – Jairson Bispo | Paisagem Sonora – Uso Doméstico + Zero | Elenco – Bia Roriz + Duda Woyda + Gilmário D’Souza + Guilherme Ojis + Gustavo Nery+ Karen Souza + Luiza Bocca + Jandiara Barreto + Márcia Gil-Braz | Direção de Produção – Bruno Rodrigues | Assistente de Produção – Jandiara Barreto e Marcus Sou’Sant | Orientação de Pesquisa – Leandro Bulhões | operação de luz - Maria Carla
Realização – Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundo de Cultura da Bahia,
Tempero Produções Artísticas, Gangorra Produções Artísticas ||

os bacads...


Os Bacads, deuses maias, são os deuses do vento e os pilares de sustentação do Céu, já que apoiavam o Céu sobre suas costas nos quatro rincões do Universo. Eles representam as direções fundamentais do mundo: os pontos cardeais. Na cultura Maia se acreditava que a terra era plana com quatro cantos.


Minha Fronteira é meu quintal onde marco trajetórias em busca das antigas e novas sensações. Lembrar para tornar a esquecer. Esquecer para novamente lembrar. Em mim nasce homem, mulher, bicho. Eu estou grávida de muita gente. Hoje nasce a mulher e nasce o homem. E juntos viverão e morrerão. Mas nascerão novamente. Nascerão e tornarão a morrer e outra vez nascerão. E nunca deixarão de nascer, porque a morte é uma mentira.





terça-feira, 23 de novembro de 2010

nossa rota...



Os que descortinam

   As civilizações antigas não existiram em prontidão para serem descobertas por estranhos em caravelas brancas a planar no oceano. Seus próprios deuses, energias e divindades sempre estiveram ali, para eles mesmos descortinarem as verdades do seu povo, fazê-los enxergar-se em si mesmos, re reconhecendo e se (re)encontrando numa viagem que começa dos olhos e dos sentidos pra dentro. Assim são os BACADS, sustentando o diverso, os quatro vértices de equilíbrio para a existência, os nortes para uma busca ainda inexata, porém profunda e necessária: o humano em si, o ser e estar no mundo.
“Somos o que assim seja”.

Tina Melo (figurinista)